Limites

Tudo tem limites, já dizia minha mãe. Menos, ao que parece, a incapacidade do futebol brasileiro de formar árbitros. O que fez o juiz do jogo Corinthians e Botafogo beira o dadaísmo em termos de “arte”.
Como tinha que haver limites ao “gás” do São Paulo. E ao azar do Palmeiras. Mas não há, tudo também indica, limites para a impossibilidade de Tite de fazer jogar seu multimilionário elenco. Por um simples motivo: ninguém sabe qual é o time do Inter. Assim, nem com os 11 jogadores do Carrossel Holandês em campo.
Um limite, entretanto, que o futebol vai ter que deixar claro é o da malandragem. No mundo ideal, André Lima seria banido do esporte. Comparemos: o que diferencia seu gol com a mão de um corredor que usa uma substância proibida? Não é que o jogador fez sem querer, não percebeu, o impulso foi forte demais e depois ele admitiu. O cara roubou, foi pego roubando, e simplesmente quer negar o óbvio.
Queria saber o que o Montenegro, aquele administrador moderno, tem a dizer sobre o caso. Embora, na verdade, eu já saiba bem.