Demorou

Demorou para Martin Jol cair fora do Tottenham. O holandês, fundamental na reorganização pós-Santini, chegou ao limite de seu trabalho no clube, e o futuro só apontaria para baixo.
É provável que o treinador tenha alguma culpa pelo fraquíssimo começo de temporada da equipe. O elenco é bom, e razoavelmente sortido. Por outro lado, o departamento médico parece o do Palmeiras de Leão.
Mais que isso, porém, o problema do maior rival do Arsenal parece ser também de direção. A imprensa inglesa diz que Jol tinha pouco ou nenhum poder sobre as contratações, e, em alguns casos, pode-se dizer que elas não foram as mais adequadas.
O clube pagou fortunas por Bent e Bale, mas não contratou ninguém para atuar pela meia esquerda, e não tem um grande jogador de meio-campo. Sobram, porém, atacantes (Defoe, Keane, Berbatov, Bent) e meias-atacantes pela direita (Malbranque, Lennon, Jenas, Routledge).
Aumenta o problema o fato de que o clube parece estar à venda, o que afasta possíveis pretendentes ao cargo de treinador, como Jurgen Klinsmann, que atuou pela equipe nos anos 90.
Há dois anos, os Spurs quase foram para a LC. Parece, porém, que a volta ao topo vai ter que ser adiada por um bom tempo.