Coisas que passaram pela cabeça de João Paulo, do Náutico, antes de bater um escanteio contra o Palmeiras

– Acho que vou bater de três dedos. Botar uma curva na bola… vai ficar bom.
– Se eu fizer um gol olímpico, a Globo vai mostrar nos seus telejornais, ou se prenderá à denominação do lance e fingirá que ele nunca existiu?
– Falam tanto nesse tal de Bernard. Eu vou mostrar como funciona uma verdadeira jornada nas estrelas.
– É… olhando daqui… não consigo mesmo entender por que alguém se daria ao trabalho de sequestrar o Valdívia.
– Não existe nada pior que cobrar escanteio curto. Nada.
– Se eu fosse amigo do casal, de que lado eu estaria agora: continuaria fiel ao meu ídolo Tom Cruise ou ficaria sensibilizado pelo drama de Katie Holmes?
– Se Obina é melhor do que Eto'o, Betinho já superou Drogba?
– Tomara que a Nina se vingue da Carminha. Enterrar a menina viva foi apelação, pô!
– Pensando bem, vou na segurança, jogar a bola no meio da área. Se ninguém aproveitar, a culpa não será minha.
– E a Iziane, hein?
– Será que dá para chegar no hotel a tempo de ver a estreia do Seedorf?
– Coragem, João Paulo! Ousadia e alegria: vou tentar o gol olímpico!
– Levando em consideração o vento a noroeste e a queda acentuada da umidade relativa, desprezada a resistência do ar, efetuando o toque em dado ponto x, tendo y como o final da trajetória, a representação gráfica desta função é uma parábola. Em outras palavras: golaço!
– Se não der certo, eu culpo o vento, o gramado ou a arbitragem.
– Mas vai sair tudo bem. A chance de eu errar essa cobrança é a mesma do Serra ser fotografado andando de skate.
– Se alguém acha que o Lucas vale 40 milhões de euros, vou valer pelo menos 10 milhões a mais depois dessa cobrança.
– Espero que valorizem o meu talento e não atribuam toda a beleza do lance à “Mística de Barueri”.