Guerreiro de coração mole: Diego Costa fez greve até os funcionários do Albacete serem pagos

Um Diego Costa humano. De acordo com os trechos publicados pelo Independent, esse é o personagem que constará nas páginas da biografia “Diego Costa- A Arte da Guerra” sobre a vida do atacante do Chelsea, bom de bola e bom de briga, com histórias da sua trajetória de Lagarto, no Sergipe, até Londres e o panteão do futebol mundial.
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Os entrevistados contam casos curiosos sobre Diego Costa. Um ex-diretor do Atlético de Madrid, por exemplo, afirmou que vetou o empréstimo dele para o Málaga, em 2007, porque temia o que o garoto de 19 anos poderia fazer na Costa do Sol. O apreço do brasileiro por praia era tão grande que o diretor de futebol do Albacete, Maximo Hernández, disse que o jogador ficou decepcionado quando descobriu que a cidade não ficava na costa, e portanto, não tinha praia.
Foi no Albacete que Diego Costa protagonizou uma história que mostra o seu lado mais nobre. Com problemas financeiros, a diretoria do clube havia decidido pagar apenas os jogadores, mas ele retrucou dizendo que não treinaria até que as pendências de todos os funcionários fossem resolvidas. Quando o mandatário entrou no vestiário para cumprimentar os jogadores, manteve a sua mão abaixada e perguntou se o roupeiro havia recebido o seu salário. “Não vou apertar a sua mão até você pagar todos eles”, disse, segundo o médico Eduardo Rodríguez Vellando, que trabalhava no clube.
Essas e outras histórias curiosas de Diego Costa, atacante do Chelsea e da seleção espanhola, estão traduzidas abaixo. Todos os trecos publicados pelo Independent podem ser encontrados aqui.
Greve
Manolo Bleda, assistente médico do Albacete: “O clube decidiu pagar os jogadores, mas não o resto dos funcionários. Quando ele ouviu isso, Diego recusou-se a treinar até que todos fossem pagos. Em 35 anos, eu nunca fiquei sabendo de ninguém que tenha feito isso”.
Eduardo Rodríguez Vellando, médico do Albacete: “Um dia, o presidente entrou nos vestiários. Ele foi jogador por jogador, apertando a mão deles. Diego esperou a sua vez, manteve as mãos ao lado do corpo e perguntou se o roupeiro havia sido pago: ‘Não vou apertar a sua mão até você pagá-los’, disse”.
Decepção com o Albacete
Maximo Hernández, diretor de futebol do Albacete: “Diego estava trabalhando com dois conceitos errados quando chegou. Primeiro, ele não tinha ideia que Albacete não era na costa, e portanto não tinha praia. Segundo, ele achou que estava indo para um time muito melhor”.
“Você não gosta de fazer amor?”
Vicente Ferre de la Rosa, administrador do Albacete: “Em uma ocasião, eles (Diego e seus amigos) estavam vendo um filme pornô com um volume muito alto. Uma mulher desceu para pedir que eles abaixassem o som. ‘Qual o problema? Você não gosta de fazer amor?’, perguntou, com os olhos arregalados, um doce Diego Costa “.
Vamos para a guerra
Quando Diego Costa chegou ao Chelsea, Oscar o recebeu e o apresentou a outros jogadores, como Terry, Ivanovic, Matic e Cahill. Eles se cumprimentaram normalmente, e Diego Costa, com um inglês macarrônico, mandou: “Eu vou para a guerra. Vocês vêm comigo”.
Matou o próprio cachorro
Paulo Assunção, companheiro de Atlético de Madrid: “Diego trouxe o seu Yorkshire para Madri, mas um dia estava estacionando o carro e não percebeu que o cachorro estava atrás do veículo. Ele deu ré. Ficou devastado, totalmente deprimido por um mês. Quando eu perguntei por que ele estava tão triste, ele praticamente desabou: ‘Não acredito. Eu matei meu cachorro'”.
Para a praia, não
Jesus García Pitarch, então diretor de futebol do Atlético de Madrid: “Eu lhe disse que o Málaga estava fora de cogitação. Tudo que eu conseguia pensar era em deixar o garoto solto na Costa do Sul. O pessoal do Celta de Vigo me mantava informado sobre o que acontecia enquanto ele estava lá e de jeito nenhum eu consideraria o Málaga”.
A culpa é da minha mãe
No começo da temporada 2010, ele voltou de férias quatro quilos acima do peso: “A culpa é da minha mãe. Ela cozinha bem demais”.
Um exército
Santi Gimenez, jornalista: “Diego Costa poderia invadir um país de tamanho médio sozinho”.
Fominha
Eugenio Gonzalez, companheiro de Celta de Vigo: “Eu lembro o quanto ele era apaixonado por futebol. Treinar não era suficiente para ele e ele costumava jogar com os amigos em campos universitários às 23h. Eu dizia para ele: ‘Diego, você não pode continuar fazendo isso’.”