Copa do Mundo

Este é o plano de Marrocos para ser sub-sede da Copa do Mundo de 2030

Governo marroquino pretende gerar um aumento de 80% no turismo ao longo da próxima década para ser sub-sede do Mundial

Marrocos é famoso pelas belezas naturais, praias privativas e imensos resorts na Costa Noroeste, atraindo milhares de turistas todos os anos. No entanto, o país tem um plano ousado para gerar um crescimento no turismo em cerca de 80%: a co-organização da Copa do Mundo de 2030.

Em entrevista ao jornal americano Bloomberg, a Ministra do Turismo e Artesanato de Marrocos, Fatim-Zahra Ammor, afirmou que as autoridades querem aumentar o número de visitantes anuais em pelo menos um milhão até 2030. Com isso, o número total de turistas subiria para 26 milhões – 12 milhões a mais em comparação com os 14,5 milhões de 2023.

O plano é fundamental para a economia de Marrocos, que trabalha incansavelmente para se recuperar dos impactos devastadores causados pelo terremoto do ano passado. Neste cenário, o turismo seria uma saída para atrair novos fundos investidores. Caso o país seja co-organizador do Mundial, ao lado de Espanha e Portugal, “seria uma oportunidade formidável” para desenvolver esse mercado, segundo a ministra.

– Os novos objetivos são um grande desafios e é necessária a adoção de um ecossistema completo para garantir que sejam alcançados – disse Fatim-Zahra Ammor.

Mais de 3 mil pessoas morreram no terremoto que atingiu Marrocos, em setembro de 2023, e mais de mil municípios foram danificados. O país planeia gastar 12 bilhões de dólares na reconstrução ao longo da próxima meia década – o equivalente à cerca de 8,5% do seu PIB anual.

O governo local vai distribuir ajuda financeira aos residentes para necessidades básicas, com um adicional de 13 mil dólares para as famílias que tiveram suas casas completamente destruídas e 7,8 mil dólares para as parcialmente destruídas.

Marrocos tem planos de turismo com CAF à vista

O Marrocos começou no ano passado a duplicar o número de voos estrangeiros e chegou a um acordo com a Ryanair Holdings PLC, companhia aérea irlandesa, que deverá mais do que duplicar seus serviços, chegando a 10 milhões de passageiros transportados para o país até 2027.

As autoridades trabalham com várias companhias aéreas para atingir os objetivos de crescimento até a próxima década, segundo Ammor. Porém, a ministra se recusou a discutir mais detalhes sobre os acordos firmados com as empresas privadas de voo.

Já a companhia controlada pelo Estado de Marrocos, a Royal Air Maroc, tem metas bem estabelecidas. Segundo a ministra, a Air Maroc planeja comprar 150 novas aeronaves até 2037. Existe a expectativa de que o governo marroquino ajude a cobrir os custos dessas aquisições, mas a “velocidade de execução” pode variar, devido às questões financeiras que afetam a indústria aérea.

Além disso, as autoridades marroquinas também trabalham na expansão da capacidade de hotelaria antes da Copa Africano das Nações de 2025 e da Copa do Mundo. Marrocos necessita que 150 mil alojamentos estejam prontos antes de 2030, quer através da modernização das instalações que já existem ou com projetos a serem levantados do zero.

Uma lei recente do Marrocos, em vigor desde o final de 2022, incentiva a entrada de “investidores que nunca demonstraram interesse em Marrocos”, disse Ammor. Outros planos incluem 14 projetos de grande escala para agregar opções aos visitantes, incluindo parques de diversões, locais para passear de balão e novos resorts em parques naturais.

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