Copa do Mundo

Estados Unidos foram superiores, mas faltou capacidade de decisão para sair do empate com a Inglaterra

Com uma boa atuação e criando mais que a Inglaterra, os Estados Unidos perderam mais uma chance de vencer e terão que definir a classificação diante do Irã na última rodada - e precisando vencer

Estados Unidos e Inglaterra fizeram um jogo movimentado, mas que não saiu do 0 a 0 nesta segunda rodada da Copa do Mundo, pelo Grupo B. Os ingleses é quem podem comemorar mais, porque os americanos foram melhores o jogo inteiro, mas não conseguiram concretizar essa superioridade em gols, como já tinha acontecido contra Gales. Agora, a situação fica indefinida, mas os americanos seguem vivos. Será preciso vencer o Irã para se classificar sem depender de outro resultado.

Escalações

Os ingleses vieram a campo com os mesmos 11 titulares da primeira partida. O técnico Gareth Southgate decidiu por manter o time que goleou o Irã por 6 a 1. Já os americanos mudaram e saíram do 4-2-3-1 para um 4-4-2. Saiu Josh Sargent e entrou Haji Wright, com Weston McKennie deslocado para o lado direito e Christian Pulisic no lado esquerdo.

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Primeiro tempo

Os ingleses vinham de uma grande estreia, mas desta vez foram parados por meio-campo americano que sobrou, com Tyler Adams e Yunus Musah. Com dificuldade para trocar passes e acionar seus jogadores de frente, a Inglaterra foi empurrada para trás para marcar os americanos, que conseguiam chegar com mais facilidade ao campo de ataque.

Os Estados Unidos tiveram uma grande chance aos 25 minutos. Timothy Weah cruzou e achou McKennie no meio da área. Ele bateu de primeira, mas mandou por cima. A bola pingou antes e o meio-campista não conseguiu dar direção à bola. Pouco depois, Musah arriscou de longe, a bola desviou em Rice e acabou ajudando Jordan Pickford a defender.

Os americanos se empolgaram e levaram ainda mais perigo aos 32 minutos. Em bom ataque que começou pela direita, a bola passou por Musah e chegou em Pulisic. O atacante, quase sem espaço, fintou e bateu. A bola explodiu na trave e deu um grande susto nos americanos.

A Inglaterra pareceu finalmente acordar quando Mason Mount, de fora da área, arriscou um chute forte e rasteiro e Matt Turner fez uma boa defesa e jogou para escanteio. Foi a finalização mais perigosa do time inglês na primeira etapa.

Os americanos foram melhores no primeiro tempo, não só por terem criado chances melhores, mas também porque a estratégia funcionou melhor. Os Three Lions, mesmo sendo favoritos e tendo estreado com uma grande atuação, mal conseguiram criar chances contra os americanos.

Segundo tempo

Os americanos continuaram perigosos no segundo tempo. Aos três minutos da etapa final, em um bom ataque pela esquerda, a bola sobrou no lado direito para McKennie, que ajeitou e chutou muito mal. Perdeu uma boa chance de finalizar.

Ao longo do segundo tempo, os americanos estiveram mais no ataque, rondando a área inglesa. O time jogava muito pelas pontas, tentando explorar os espaços entre os defensores e os meio-campistas. Os ingleses sentiam muita dificuldade em fazer o seu jogo, especialmente porque o meio-campo dos americanos ditava o ritmo com Tyler Adams e Yunus Musah.

Os dois técnicos tentaram mudar o jogo com substituições. Primeiro os ingleses, com as entradas de Grealish na ponta esquerda, no lugar de Sterling, e Henderson no meio, no lugar de Bellingham. Os americanos responderam com Brenden Aaronron no lugar de McKennie, tornando o lado direito mais ofensivo, assim como a entrada de Shaq Moore no lugar de Sergiño Dest para dar mais força física na lateral.

Sem grandes resultados nos minutos seguintes, vieram mais mudanças. Southgate colocou Rashford no lugar de Saka, e aos 37 minutos os americanos lançaram dois atacantes a campo: Giovanni Reyna no lugar de Timothy Weah e Josh Sargent no lugar de Wright. Um pouco mais de presença física na área para os minutos finais.

Já nos minutos finais, aos 48 minutos, a Inglaterra ainda teve uma chance de marcar em cobrança de falta para a área que Harry Kane conseguiu cabecear, mas estava desequilibrado e acabou tocando para fora.

Ficou tudo mesmo para a última rodada. Os Estados Unidos precisarão vencer um empolgado Irã, que bateu Gales e também sonha com classificação. Já a Inglaterra terá um clássico local contra Gales, com os galeses precisando da vitória para ter chance de classificação. Os dois times voltam a campo na próxima terça, na última rodada.

FICHA TÉCNICA

Inglaterra 0x0 Estados Unidos

Local: Estádio Al Bayt, em Al Khor
Árbitro:
Jesus Valenzuela (Venezuela)
Gols:
nenhum
Cartões amarelos:
nenhum
Cartões vermelhos:
nenhum

Inglaterra: Jordan Pickford; Kieran Trippier, John Stones, Harry Maguire e Luke Shaw; Declan Rice e Jude Bellingham (Jordan Henderson); Bukayo Saka (Marcus Rashford), Mason Mount e Raheem Sterling (Jack Grealish); Harry Kane. Técnico: Gareth Southgate

Estados Unidos: Matt Turner; Sergiño Dest (Shaq Moore), Walker Zimmerman, Tim Ream e Antonee Robinson; Weston McKennie (Brenden Aaronson), Tyler Adams, Yunus Musah e Christian Pulisic; Timothy Weah (Giovanni Reyna) e Haji Wright (Josh Sargent). Técnico: Gregg Berhalter

https://www.youtube.com/watch?v=ItCm-yYHVw4
Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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