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Corinthians teve mais controle, dos nervos e da estratégia, para vencer o Palmeiras

O Palmeiras teve o controle da bola e das ações na partida deste sábado, contra o Corinthians, pelo Campeonato Paulista. Teve mais posse e criou mais oportunidades de gol. No entanto, o visitante dominou outros aspectos importantes do jogo, preponderantes na vitória por 1 a 0 no Allianz Parque: os nervos e a estratégia.

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Às vezes irrita o torcedor alvinegro e pode produzir partidas feias, mas a maneira como Fábio Carille arma o Corinthians para enfrentar o maior rival costuma funcionar. Principalmente quando consegue abrir o placar cedo, como na segunda partida da final do Campeonato Paulista, ano passado, e na tarde deste sábado, quando Danilo Avelar, jogador mais criticado do Timão, pegou o rebote de uma cabeçada de Gustavo para fazer 1 a 0 aos 8 minutos.

Ciente do retrospecto recente ruim, o Palmeiras ficou excessivamente nervoso cedo demais. O Corinthians, com mais calma, propôs a se defender, fechando os espaços pelo meio e abrindo as laterais. Desde o ano passado, o time de Felipão tem mostrado dificuldades para lidar com essa situação de jogo. Pelos lados, os donos da casa chegaram diversas vezes e criaram oportunidades suficientes para pelo menos empatar. Mas faltaram capricho na finalização e criatividade para colocar a bola na área sem cruzá-la.

O Palmeiras conseguiu acertar um chute no gol de Cássio apenas na metade do segundo tempo. Essa, porém, é uma estatística enganosa. Porque houve situações de perigo que não se traduziram em finalizações corretas. Uma bola na trave de Dudu, por exemplo, ou o gol perdido por Borja, na pequena área, após o cruzamento rasteiro do melhor jogador palmeirense. Ainda antes do intervalo, Carlos Eduardo teve uma chance ótima de cabeça e mandou para fora.

O jogo aéreo foi um aspecto interessante da partida. O Palmeiras teve muitos escanteios e, com frequência, ganhou o duelo pelo alto. Não conseguiu, no entanto, direcionar direito as cabeçadas. E os centros que surgiram de jogadas com bola rolando não tiveram efetividade. Foram muitos cruzamentos cortados ou afastados pela defesa alvinegra, pela primeira vez composta como nos melhores tempos do trabalho de Carille.

Nos minutos finais, as chances de um empate tardio do Palmeiras foram dizimadas no momento em que explodiu a bomba relógio Deyverson, por, segundo a transmissão do Premiere, uma cusparada no volante Richard. No Allianz Parque, o time que foi mais senhor do que queria fazer e dos seus próprios nervos saiu com a vitória.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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