Gol aos 51 do 2º tempo deu mais um título africano ao Al Ahly e deixou a torcida insana

Não há clube do mundo que concorra com o Al Ahly. Nem Boca Juniors ou Milan possuem tantas taças internacionais quanto os Diabos Vermelhos. E o 20º título além das fronteiras do Egito foi inédito: a equipe conquistou a Copa das Confederações Africanas, uma espécie de Copa Sul-Americana ou Liga Europa do continente. De maneira épica. Após perder o jogo de ida para os marfinenses do Sewe por 2 a 1, o Al Ahly buscou o troféu graças ao tento fora de casa no placar agregado. No entanto, o gol do título na vitória por 1 a 0 só saiu aos 51 do segundo tempo. Para uma enorme festa no Estádio Internacional do Cairo.
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Com a aposentadoria do mito Aboutrika após o Mundial de Clubes de 2012, o Al Ahly não conseguiu buscar o tricampeonato (e seu nono título) na Liga dos Campeões da África. Os egípcios caíram nas oitavas de final para o Al Ahli de Bengazi, tendo que se contentar com a Copa das Confederações. Mas não foi por isso que os Diabos Vermelhos menosprezaram a chance de reconquistar a África, no único título continental que lhes faltava. E a maior mostra veio antes mesmo de a bola rolar no segundo duelo da decisão, com o lindo mosaico no qual estava escrito “futebol para os torcedores”, em clara referência às restrições ocorridas no país desde o massacre de Port Said, que vitimou 72 torcedores do Al Ahly em um ato desleal ligado à Primavera Árabe.
Enquanto a bola rolou, foram 95 minutos de pura tensão para o Al Ahly, com os visitantes desperdiçando uma série de boas oportunidades. E o alívio só veio graças a um velho ídolo do clube: o centroavante Emad Moteab, que cabeceou com firmeza para dentro das redes e provocou a insanidade no estádio. Enquanto o técnico Juan Garrido corria sem rumo, até os gandulas foram comemorar com o veterano. Sem falar nas arquibancadas lotadas, onde os sinalizadores logo começaram a incendiar o vermelho da camisa do clube. Uma festa impressionante.
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Em fevereiro, se completarão três anos do massacre de Port Said. Desde então, o clube mais vitorioso da África parece ter criado uma força descomunal para conquistar novas taças. Prêmio mais do que merecido à enorme torcida, que responde à repressão sofrida com a festa que se repete a cada título.
Abaixo, o vídeo sensacional dos momentos finais da partida, bem como uma imagem do mosaico exibido antes do jogo:
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